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Histórias de raízes de mulheres indígenas do Rio Negro: os caminhos de uma viagem escuta

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Teatro (UDESC).
 

A partir de uma viagem-escuta pelas histórias e agenciamentos de mulheres indígenas do Rio Negro, no noroeste amazônico (AM), busquei compreender como as suas histórias pessoais, ancestrais e míticas são vividas em seus cotidianos diante dos desafios e lutas gravados pelas tentativas desenraizadoras das “histórias do contato”. Reflito sobre como “traduzir” essas histórias em suas cosmologias e o que significa assumir um lugar de representação sobre elas. Tentando responder a estas questões como contadora de histórias, e com o entendimento de que as narrativas pessoais carregam um saber em si, instigam o reconhecimento, a identidade e a desconstrução de estereótipos e homogenizações, teço as histórias no entrelaçamento de todas as vozes que as compõem, ora a minha, ora as delas. Seguindo os caminhos dessas mulheres das etnias Baré, Pira-tapuya e Baniwa, emergem reflexões acerca das lutas pela terra, as questões ligadas às pressões religiosas, os desafios enfrentados enquanto mulheres, quanto à saúde e às fronteiras visíveis e invizibilizadas das suas culturas. Além disso, busco refletir como os modos de “re-existência” e sabedoria dessas mulheres cravam raízes em suas próprias culturas, nas comunidades envolventes e o que elas podem nos ensinar nas lutas por direitos e por uma palavra que encontre escuta.

  
Palavras–chave: Narrativas. Mulheres indígenas. Oralidade. Memória corporal

Artigo: Resistências ao desenraizamento da palavra, 2018

© 2023 por Pedro Castro. Orgulhosamente criado com Wix.com

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